Em "Romantismo", Artur Azevedo apresenta o jovem Rodolfo, filho único do influente Dr. Sepúlveda. Contrariado com a imposição do pai para se casar com a rica viúva Santos, Rodolfo se mostra decidido a manter sua liberdade e seu ideal romântico de amor verdadeiro. No entanto, o Dr. Sepúlveda, obstinado e astuto, arquiteta uma solução que parece unir conveniência e sentimento, ou ao menos assim espera.
Já em "Questão de honra", a vaidosa Angélica coloca o orgulho acima de qualquer limite ao rivalizar com uma amiga por um vestido. Disposta a adquirir a peça custe o que custar, Angélica embarca em uma sequência de atitudes questionáveis, revelando as contradições de uma sociedade onde aparência, status e vaidade ditam comportamentos, mesmo que isso signifique comprometer o que há de mais íntimo: a própria honra.
Com humor sutil e crítica afiada, Azevedo constrói duas narrativas breves e contundentes sobre os excessos da sociedade de sua época, revelando com maestria os dilemas entre convenção e desejo, aparência e moral.