Em "O Resto é Perfume", Florbela Espanca nos transporta para um ambiente marcado pela introspecção e pela nostalgia, onde a personagem principal, em uma conversa com o narrador à beira-mar, revisita seu passado no campo. Ela compartilha a história de um relacionamento com um homem considerado louco, que acreditava enxergar o mundo pela perspectiva dos mortos. Nesse diálogo entre o mar e o campo, a mulher reflete sobre um amor que desafia a razão, tentando compreender o que resta de um vínculo marcado pela loucura e pela percepção distorcida da realidade. O conto explora as fronteiras entre a razão e a loucura, a morte e o amor, enquanto a personagem tenta dar sentido às memórias de um relacionamento inacabado e surreal.