Os ateus falam muito sobre a importância do ceticismo. Mas a verdade é que eles nem são céticos o bastante.
Embora os ateus defendam a importância de uma postura crítica em relação à religião, eles geralmente deixam de adotar a mesma postura em relação a suas próprias crenças. Esse duplo padrão resulta em afirmações grandiosas sobre a certeza de sua incredulidade — que é logicamente inconsistente na melhor das hipóteses e intelectualmente desonesta na pior. Transformando o ceticismo dos ateus em sua própria visão de mundo naturalista, o filósofo Mitch Stokes examina criticamente duas coisas que tais céticos valorizam — «ciência e moralidade» — e revela entre suas crenças mais caras profundas inconsistências que ameaçam desfazer o próprio ateísmo.