É um conjunto de 63 poemas, alguns quase lacônicos — de tão curtos parecem um soluço ou um desabafo irrompendo algum silêncio obrigatório. Falam de sentimentos, desejos, esperanças, a leitura de momentos, de locais conhecidos ou apenas imaginados. São poucas as certezas — e elas se referem às experiências comuns do cotidiano. Os poemas expõe um mundo interno, a confusão das frustrações, mas também comemoram a vida na sua simplicidade.
As imagens que acompanham o texto são fotos feitas pela autora no deserto do Atacama. Registram o ambiente inóspito, grandioso, surpreendente, o esforço continuado da natureza em se manter na sua majestade. E também aparece a interferência do homem que ao construir caminhos, garante a eterna peregrinação.