Esta nova edição de Lisbela e o Prisioneiro, agora no selo Tusquets, permite ao público entrar em contato com o texto de um autor meticuloso no uso da palavra e na arquitetura da peça.
Original de 1964, Lisbela e o prisioneiro – texto dramático que inspirou o filme de Guel Arraes em 2003 — é uma comédia com referências nordestinas. A fidelidade de Osman Lins à busca de uma expressão própria na ficção, decorrente de uma recusa à cômoda retomada do já conquistado e de uma fé inabalável no poder criador da palavra, foi reconhecida e admirada pela crítica brasileira e estrangeira.
Lisbela e o Prisioneiro foi a primeira obra de Osman Lins a ser encenada com retumbante sucesso, e com certeza é a que até hoje teve mais alcance de público. Se muito da fama de uma peça deve ser creditada ao trabalho de direção, ao desempenho dos atores, à cenografia, ao figurino, à iluminação e ao som, outro tanto pelo menos também deve ser atribuído ao brilhantismo do texto do dramaturgo.