O que une ambos os crimes às recordações tumultuosas dos acontecimentos de maio de 1977 em Angola? Jaime Ramos, o detetive dos anteriores romances de Francisco José Viegas, regressa para uma nova investigação onde reencontra a sua própria biografia, as recordações do seu passado na guerra colonial — e uma personagem que o persegue como uma sombra, um português repartido por todos os continentes e cuja identidade se mistura com o da memória portuguesa do último século.
História de uma melancolia e de uma perdição, O Mar em Casablanca retoma o modelo das histórias policiais para nos inquietar com uma das personagens mais emblemáticas do romance português de hoje.
No livro, os mortos são apenas um pretexto para viajar — do Vidago ao vale do Douro, dos Andes a Casablanca. Viajar também ao passado — à guerra colonial, à independência, ao ano de 1977 em Angola, África, outra vez África. Em O mar em Casablanca, saber quem é o assassino é tão importante quanto desfrutar das páginas, das paisagens, das comidas, dos gestos, das personagens, dos pensamentos de Jaime Ramos. Porque, como Francisco José Viegas tão bem sabe, um crime nunca é apenas um crime