Esta coletânea propõe pensar a etnografia como um engajamento coletivo que se conecta ativamente com experimentações que, expressas em lutas sociais, defendem a multiplicidade e coexistência de modos de vida e, assim, reagem aos efeitos do capitalismo. Alguns dos textos se engajam com as experimentações que resistem aos cercamentos no norte de Moçambique e de Minas Gerais, nos campos de Roraima e nos rios do Xingu. Ainda, outros fazem ver novas colaborações e alianças tecidas a partir da ocupação de ruínas capitalistas, no cerrado mineiro marcado pelo agronegócio, nas águas barradas do rio Iratapuru e nas terras dos quilombolas no Vale do Ribeira.