Trata-se, afinal, de perseguir um fio, histórico e subjetivo, que possa entrelaçar e conferir sentido a experiências diversas em tempos diversos. Eis o desafio narrativo: como expor, compor e problematizar uma indagação que se espraia em várias ordens de experiências individuais e coletivas?
Salete de Almeida Cara
Intensamente motivado e inspirado, então, pela arte e a autobiografia de Chagall, David vai, pouco a pouco, penetrando, não sem resistência, nas esferas do inconsciente e tomando contato com seu “passado presente”. Daí as lágrimas:
«A imprevisibilidade e as transgressões ilógicas, frequentes nos desenhos infantis, estavam ali presentes, representando modos de vida daquela gente e época. Evocavam sentimentos e lembranças de algo nunca vivido, mas presente em meu ser, escondido em arquivos inconscientes. Tomado de súbita pressão explodi em lágrimas que me constrangeram».
Izidoro Blikstein