Dom André Poisson, prior da Grande Cartuxa e ministro geral da Ordem dos Cartuxos entre 1967 e 1997, responde neste texto ao pedido que lhe foi feito para que discorresse sobre o que é e como se faz a «oração do coração». Nele procede, então, a algumas reflexões sobre o tema, fruto da sua experiência e da sua vida religiosa, dizendo desde logo que a sua intenção «não é delinear um quadro rígido, uma estrutura estável», mas que pretende «apontar […] uma direção, um caminho com que precisamos de nos comprometer, sem podermos, contudo, prever de antemão aonde é que ele vai dar exatamente. A oração do coração não é um objetivo a atingir. É uma maneira de ser, uma maneira de se pôr à escuta e de avançar». E não tem «outro desejo que não seja ajudar a iluminar os corações».